JUFRA do BRASIL e PJ Nacional lançam Guia de Encontro Online sobre relacionamentos abusivos
Nesse período de pandemia, em que o distanciamento social nos é imposto, novas e criativas formas
de encontros surgem para possibilitar que, de alguma maneira, continuemos em contato. O material
apresentado a seguir, fruto da construção coletiva de mulheres da Pastoral da Juventude Nacional e da
Juventude Franciscana do Brasil, vem somar às iniciativas de reinvenção de um novo tempo para abordar
uma temática urgente e importante, materializando um caminhar conjunto das juventudes para o
enfrentamento da(s) violência(s) contra a mulher.
Cerca de 41% dos casos de violência acontecem dentro de casa. 3 em cada 5 mulheres sofreram
violência em um relacionamento afetivo. Agravando esse quadro já tão preocupante, dados divulgados em
27/03/2020 pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos apontam um aumento de quase
18% no número de ligações recebidas diariamente pelo canal do governo federal que recebe denúncias
de violência contra a mulher. O confinamento das pessoas nas suas residências pode representar um
agravamento nos casos de violência doméstica contra as mulheres, pois estão por mais tempo convivendo
com um possível agressor, tendo ou não histórico de violência.
Diante desse cenário alarmante, fica evidente que só é possível viver plenamente quando nossas
relações são saudáveis, não machucam ou violentam. Por isso queremos discutir sobre o perigo dos
relacionamentos abusivos nas nossas relações, sobretudo para as mulheres, uma vez que a violência tem
várias faces e pode estar presente nas mais diversas realidades sem nem percebermos. Para romper esse
ciclo, precisamos desenvolver relações pautadas no respeito mútuo e mudar as estatísticas tão cruéis.
É no intuito de ajudar nessa construção que a Juventude Franciscana do Brasil abraça a
Campanha Nacional de enfrentamento aos ciclos de violência contra a mulher, promovida pela
Pastoral da Juventude Nacional. Nessa parceria, lançamos esse material para ser usado como apoio
às discussões nos grupos e fraternidades espalhados pelo Brasil, além de motivar gestos concretos
que promovam a mudança nas relações tóxicas que podem estar na vida de muitas irmãs e irmãos.
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