FREI SOFRE RETALIAÇÕES APÓS MANIFESTAR APOIO AO ACAMPAMENTO LULA LIVRE
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Políticos, empresários e mídias locais têm atacado postura do religioso
Amélia Gomes
Belo Horizonte
,
“Recuar é ir contra
minha consciência e contra o evangelho. Sempre foi minha opção estar junto dos
desfavorecidos”, diz frei Éderson / Divulgação
Em Patrocínio, na região do alto Paranaíba,
em Minas Gerais, o Frei Éderson Queiroz vem sofrendo uma série de retaliações.
Os ataques começaram após a divulgação de um vídeo, do dia 20 de abril, em que
o frade capuchinho defende o Acampamento Lula Livre, manifesta seu apoio aos
trabalhadores que estão em protesto e também denuncia os retrocessos pelos
quais passa o país. O vídeo foi
divulgado pelo Brasil de Fato, Mídia Ninja e também
publicado no perfil da senadora e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann.
O frade, que estava em Curitiba para participar do Encontro da
Família Franciscana do Paraná, aproveitou a viagem para visitar a vigília em
defesa de Lula. “Achei por bem ir ao acampamento para me solidarizar com os que
estavam lá, por que muitos são das pastorais sociais da igreja. A minha
presença foi para fortalecer essa missão de não ter desânimo diante dos embates
que estamos vivendo”, explica.
Um dos ataques contra o Frei veio do empresário e corretor de
imóveis de Patrocínio, Neudon Veloso. O empresário divulgou um
vídeo nas redes sociais em que critica o depoimento do Frei e questiona a
postura e o trabalho do religioso.
Com mais de 31 anos de trabalho pastoral, Frei Éderson Queiroz
construiu sua trajetória na luta do povo. O frade, que sempre participou das
causas sociais, atualmente mantém grupos de trabalho com a população LGBT. Ele
afirma que além da perseguição pessoal, os ataques também têm se dirigido aos
grupos que acompanha. “Isso têm reverberado sobre o trabalho com os LGBT’s. As
pessoas têm acusado de ser uma causa de promiscuidade, incentivo à prostituição
e à ideologia de gênero”, denuncia.
Sobre a sua postura diante do cenário político pelo qual passa o
país o frade afirma “Recuar é ir contra minha consciência e contra o evangelho.
Então não há recuo! Sempre foi minha opção estar junto dos desfavorecidos.”
Religiosos, fiéis e integrantes de movimentos populares e sindicais fizeram um
abaixo assinado, denunciando os ataques contra o Frei e também organizaram uma
carta de apoio ao frade.
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