7° NORDESTÃO DAS CEBS EM TERESINA/PI CONTOU COM A PRESENÇA DA JUFRA
Entre
os dias 7 e 10 de julho aconteceu em Teresina, o 7° Nordestão das CEBs, com o
tema: CEBs no Nordeste e os desafios do Mundo Urbano e o lema: “Eu vi e ouvi os
clamores do meu povo nordestino e desci para libertá-lo”(Cof. Ex. 3,7). O
Nordestão das CEBs foi a preparação para o Intereclesial das CEBs, que
acontecerá no ano de 2018.
O
evento começou na quinta-feira (7) com acolhida e a apresentação das delegações
no espaço “Olaria”, onde teve uma celebração de abertura inter-religiosa. No
segundo dia, logo pela manhã, o Nordestão começou com uma Mística na qual houve
participação da juventude, a JUFRA foi representada pela irmã Mayra, secretária
Regional de DHJUPIC do Re NEA2, com as camisas de vários movimentos de luta que
rasgam “mentiras e Ilusões” que existem na sociedade. Na sequência aconteceu a explanação do tema:
Cultura Urbana Hoje, com Pe. Anastácio (Iguatu – CE) que a partir da de Lucas
4,1-12 relacionou com os jovens de hoje e as lutas para melhorar suas condições
de vida e para mudar o mundo, que não buscam o prestígio e a ambição do poder e
riqueza. Logo a tarde, iniciou os trabalhos das tendas, a irmã Mayra ficou na
Tenda Flaviano: CEBs e o Mundo do Trabalho na Economia Globalizada, e a Irmã
Gilvaneide, secretária Regional de AE Re NEA2, na Tenda José Maria do Tomé:
CEBs e a Manipulação da Informação.
Na
Tenda Flaviano: CEBs e o Mundo do Trabalho na Economia Globalizada teve como
coordenação e secretaria o Regional NE V (da CNBB ) e assessoria do Pe. João
Maria, que conduziu a tenda dando enfoque na Encíclica Laudato Si, no decorrer
do debate vários pontos importantes foram colocados em destaque, como a
mentalidade da dependência aquela em achamos que só temos um emprego se
tivermos um ‘patrão’, a desvalorização da agricultura familiar e o artesanato,
a massificação dos direitos do trabalhador, as diferenças entre trabalho e
emprego, a caminhada global para monopolização da economia, dificuldades para
arranjar um emprego e o capitalismo como sistema que engloba tudo. Em
controvérsia a todos os problemas ditos vieram também possíveis soluções, como
uma economia a serviço da vida e um sistema novo, ilustrado como um sonho pelo
Pe. João Maria, com durabilidade dos produtos, diminuir as horas de trabalhos
(para que nas horas que faltam outros possam trabalhar), levar a sério o
direito da vida desde o nascimento (Políticas Públicas).
Na
Tenda José Maria do Tomé: CEBs e a Manipulação da Informação, a coordenação e
secretaria foi do Regional NE I e a assessoria do Pe. Júlio do Piauí. Na tenda
pretendeu-se discutir e construir um diálogo em que se refletisse sobre a
ditadura que a manipulação midiática da informação instaura na sociedade. Foram
apresentados alguns vídeos tratando a respeito dessa manipulação, que culmina
com a falta de autonomia das pessoas, colonização ideológica, manipulação dos
meios de comunicação, dentre outros problemas. Dentre as questões levantadas
considerou-se a influência negativa dos detentores do poder econômico e
político, bem como o monopólio do grupo Globo que claramente esteve envolvido
em diversos momentos “negros” de nossa história, como foi o caso da ditadura.
Mas essa manipulação vai além dos grandes grupos, claro mais evidente, uma vez
que problemas sociais são distorcidos nas grandes mídias, não mostrando os
efeitos caóticos que trazem para os cidadãos mais desfavorecidos. Ressaltou-se
o papel da pascom nas comunidades e paróquias, uma vez que este muitas vezes
atende a interesses pessoais e não aos quais deve se destinar esse serviço na
igreja, que é a evangelização. Nesse sentido, na apresentação da tenda no
espaço dedicado à socialização do que foi discutido nas tendas, optou-se por
demonstrar teatralmente como essa manipulação da informação acontece e como
distorce a realidade das, prejudicando os mais empobrecidos de nossa sociedade.
No
final da noite de sexta houve a confraternização com as famílias acolhedoras,
nas suas respectivas paróquias. No sábado a mística foi relacionada com a
Encíclica Laudato Si, com as representações de fogo, água, terra e ar. Logo
após, iniciou-se o tema: Cidade na Bíblia, com Hermíniae e Pe. Vilecer (CE),
que retrataram as cidades no antigo e no novo testamento. No antigo testamento
foi retratado a monarquia, a divisão de classes, os reis e juízes. No novo
testamento Pe. Vilecer discorreu sobre os principais desafios da transformação
da cidade em um lugar para amadurecimento da fé. Durante a tarde as tendas
apresentaram de forma criativa suas ideias, e logo a noite teve início a noite
cultural.
O
último dia começou com a Celebração Eucarística na Igreja de São José do
Operário, e na sequencia o relatório do evento, a leitura da carta e a mística
de envio.
A
carta final destacou que “vivemos numa sociedade marcada pela cultura urbana
que penetra até os rincões do mundo rural e influencia o comportamento social,
econômico, político e religioso da pessoas, comunidades, pastorais e movimentos
sociais. As CEBs, como seguidora de Jesus Cristo, não poderiam deixar de
refletir sobre esses desafios”, e conclui pedindo que as CEBs unidas “engajando
para o enfrentamento aos desafios da cultura urbana, a fim de que nossa
sociedade seja mais justa, pacífica, solidária, conforme o Projeto do Senhor
Jesus Cristo”.
Fraternalmente,
Mayra Caroliny de Oliveira Santos, JUFRA
Secretária Regional
de DHJUPIC
Regional JUFRA NE A2
CE/PI
Fraternidade N. Sr.ª
das Graças, Floriano/PI
Gilvaneide
Rosa, JUFRA
Secretária Regional
de Ação Evangelizadora
Regional JUFRA NE A2
CE/PI
Fraternidade Santa
Clara de Assis, Teresina/PI
Comentários