O ‘DIREITO DE SONHAR’ DA JUVENTUDE FRANCISCANA NO PARI
“Que tal
delirarmos por um momentinho?”. Esse foi o convite que o Secretariado Nacional da
JUFRA do Brasil, inspirado em Eduardo Galeano, fez aos jovens franciscanos
que saíram de suas fraternidades em direção ao bairro do Pari, em São Paulo.
Entre os
dias 17 e 19 de abril, realizou-se a primeira Edição das “Escolas de Formação em Ação Evangelizadora e Direitos Humanos, Justiça, Paz e Integridade da
Criação” para os Regionais do Sudeste e Centro-Oeste. Reuniram-se no Convento
Santo Antônio do Pari, em São Paulo, representantes das fraternidades de São
Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. O
encontro teve como iluminação bíblica “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mc 6,37)
e contou com a colaboração do Serviço Franciscano de Solidariedade (SEFRAS). Esta parceria propiciou a reflexão sobre as áreas-tema das Escolas de Formação:
AÇÃO EVANGELIZADORA (AE) e Direitos
Humanos, Justiça, Paz e Integridade da Criação (DHJUPIC), através da experiência do serviço que é mantido
pelos frades franciscanos da Província Franciscana da Imaculada Conceição do
Brasil.
A Jufra
das Chagas, fraternidade anfitriã do encontro, se desdobrou dedicando tempo,
talento e suor na acolhida e na logística das atividades do encontro. O nome da
fraternidade vem de encontro com o símbolo do SEFRAS: as chagas de Jesus e de São
Francisco que se encontram com as chagas dos empobrecidos de nosso tempo são uma
experiência pascal. O encontro com o leproso atualiza-se sempre, na medida em
que nos colocamos como menores, construindo o Reino com o trabalho de nossas
mãos.
Construção do ideal franciscano
O desejo
de realizar uma Escola de Formação nestas áreas, segundo Igor Bastos, Secretário Nacional de
DHJUPIC, é essencial, pois, com simplicidade pode-se trabalhar na
base os meios práticos para a construção do carisma que a Juventude Franciscana
busca viver em sua realidade local, regional e nacional.

“Ser parte dentro do mundo em que vive”
Diversos
jufristas que protagonizam a ação social em suas fraternidades fizeram-se
presentes no encontro, entre eles, Noelli Lopes, da Fraternidade Rosa de Viterbo
de Betim/MG, que além de jufrista é Assistente Social do Centro Franciscano de
Defesa de Direitos, dos frades menores da Província Santa Cruz. Para ela, não
basta ser franciscano, é preciso atuar como franciscano e ajudar o menor,
aproximando-se dele, indo ao encontro, fazendo-se menor.
Noelli
deixou uma mensagem para os jufristas que ficaram em sua cidade: “A cada dia
que passa devemos seguir um pouco o sonho dele (São Francisco de Assis), não
perder o ponto de partida, onde traçamos uma meta maior para ir em busca de
nossos sonhos, de nossa marca” destacou.
Páscoa, nova certeza de pão em todas as
mesas

Após o
almoço todos juntos dançaram e cantaram a Ciranda “Momento Novo”, momento para
animar e preparar os jovens para os Blocos de Discussões, no qual os participantes
se dividiram em dois grandes grupos que iriam trabalhar as dimensões de cada
serviço.
Um
grande convívio fraterno foi realizado para finalizar o dia com direito a
churrasco, muita música e oportunidade de cada irmão e irmã conversar e se conhecer melhor.
Na manhã
do domingo os jovens e toda a comunidade se reuniram para a Celebração Eucarística
presidida por Frei José Francisco Santos, dando sequência ao último dia de
encontro. Na volta do café da manhã os jovens foram divididos em quatro grupos
para o Momento 'Agir'. Partindo de tudo que
foi discutido os jovens foram convidados a traçar planos para serem
trabalhados dentro de suas realidades, no momento da plenária foram apresentadas
as metas e como orientação repassada cada Regional ali presente assumiu levar para o Seminário Nacional em AE e DHJUPIC, a realizar-se em Petrópolis, no próximo mês de setembro, as atividades que serão trabalhadas.
Essa foi
só a primeira de cinco escolas que estarão acontecendo em todo o Brasil. E que esse sonho de estar a serviço do menor seja levado a todos.
Paz e
Bem.
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