FESTA SOLENE DE SANTA ROSA DE VITERBO: PADROEIRA DA JUFRA
Foto Comunicação Capuchinhos |
Santa Rosa, a qual nasceu por volta de
1235, em Viterbo-Itália, nascida em família de condições financeiras modestas,
seus pais João e Catarina, trabalhavam no mosteiro das Damas Pobres seguidoras
de Santa Clara (Clarissas), localizado ao lado de sua casa. Com isso, Rosa
sempre conviveu com a religiosidade e a espiritualidade francisclariana em sua
caminhada.
Revela-se que desde muito cedo, quando
possuía apenas 03 anos de idade, Rosa realizou o seu primeiro milagre,
devolvendo a vida para sua tia materna através de uma prece dirigida ao céu. Na
sua infância, ao invés de brinquedos, Rosa admirava imagens de Santos, bem como
realizava orações e falava com Deus, assim, aproximadamente aos 07 anos de
idade começou a realizar penitências e a andar de pés descalços.
Rosa distinguiu-se pela sua pureza de
vida, pelo exercício da caridade para com os demais e zelo da fé, amou e
desejou a pobreza em tudo, renunciando aos anseios da infância e juventude.
Através de seu olhar atento e admirador, ela observava a vida dedicada ao
Senhor que as irmãs residentes no mosteiro levavam, adquirindo, com o tempo,
imensa confiança em Deus e amor pela espiritualidade franciscana. Tornou-se
notável em sua cidade natal pelos vários milagres que realizava, passando a fazer
pregações pelas praças e ruas de Viterbo, convertendo algumas pessoas para a
religião católica.
Ainda jovem Rosa possuía imenso desejo
de torna-se monja, sendo que por duas vezes buscou ingressar no mosteiro das
Irmãs Clarissas, porém, na primeira ocasião foi lhe dito que era ainda muito
jovem e, na segunda tentativa foi lhe justificado que o mosteiro encontrava-se
cheio. Mas, conforme relatos de sua biografia, o verdadeiro motivo pelas
recusas à entrada de Rosa ao mosteiro foi a sua fama de fanática, bem como o
medo de que as pessoas que a seguiam fossem diariamente às grades do mosteiro.
Diante de tamanha dedicação,
radicalidade e fervor espiritual, não aceitava injustiças e guerras, foi quando
Rosa passou a despertar a atenção do hereges, que se sentiam incomodados com a
sua presença e seus gestos religiosos, chegando a ser exilada da cidade de
Viterbo, juntamente com seus pais, por ordens do imperador Frederico II. Porém,
mesmo no período do exílio, ela continuou a realizar pregações, penitências e
milagres. Somente retornou à Viterbo em tempo de paz, após a morte do
Imperador.
Em decorrência das intensas
penitências, em meados de 1250, Rosa ficou muito doente, sendo curada através
de um milagre, no qual Nossa Senhora apareceu a ela e lhe confiou a missão de
que realizasse o pedido de admissão junto à Ordem Franciscana Secular. Rosa
realizou a sua profissão na OFS e vestiu o hábito, como era de costume, quando
possuía apenas 17 anos de idade.
Em 06 de março de 1251, de causas
naturais, morreu Santa Rosa, tendo o seu corpo sepultado num cemitério junto a
Igreja Paroquial. Em 04 de setembro de
1257, foi ordenada a exumação e transferência do corpo de Santa Rosa ao
mosteiro das Damas Pobres, onde a Santa foi recusada em duas oportunidades
enquanto era viva, a partir deste momento o mosteiro passou a ser chamado de
mosteiro de Santa Rosa e seu corpo
continua incorrupto há mais de 700 anos. Neste contexto, a festa solene de
Santa Rosa de Viterbo é celebrada no dia 04 de setembro, bem como, no dia de
sua morte, 06 de março, estabelecido como dia nacional da Juventude
Franciscana.
Importante ressaltar que a mensagem
propagada por Santa Rosa de Viterbo, à sua época, continua válida atualmente,
mais do que nunca a necessidade de conversão está presente, a fidelidade ao
evangelho precisa ser restaurada e os mandamentos de amar a Deus e ao próximo
necessita de um revigoramento. Por ser
uma jovem de coragem, lutadora por seus ideais, e por ter vivenciado o
Evangelho à luz da espiritualidade de Francisco e Clara de Assis é que Santa
Rosa de Viterbo tornou-se Padroeira da JUFRA.
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