SOLENIDADE DA IMACULADA CONCEIÇÃO DA VIRGEM MARIA
8 de dezembro de 2013
Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Maria
Gênesis 3,
9-15.20; Efésios 1, 3-6.11-12; Lucas 1, 26-38
Bela a oração desta solenidade: “Ó Deus que preparaste uma digna
habitação para o vosso Filho pela Imaculada Conceição da Virgem Maria,
preservando-a de todo pecado em previsão dos méritos de Cristo, concedei-nos
chegar até vós purificados de toda a culpa por sua materna proteção”
Adão, onde estás?
“Homem, por que te escondes? Estás com medo? Não tens coragem de olhar
nos meus olhos? Comeste do fruto da árvore e agora tens desordem em teu coração
e experimentas um desconforto existencial. Sentes um dilaceramento: querer
fazer o bem e fazes o mal que não queres. Vejo que te escondes de mim que te
criei, que te coloquei no paraíso. Com essa vontade de ser dono exclusivo de
teu querer, esqueces minha voz amorosa e descuidas do meu querer. Onde estás?
Por que te escondes? O inimigo te enganou”.
O
homem peca e esse pecado de ontem, passando de geração em geração, o distancia
da vida.
Uma mulher esmagará a cabeça da serpente
“Porei inimizades entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta
ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”. Uma mulher, Maria, será mãe do
novo Adão, será concebida sem pecado, sem mancha, desde as suas origens e
assim, imaculada em sua conceição, ela esmagará o pecado. Por isso dê a
sua conceição, por um privilégio todo especial, ela é a Imaculada.
Ela é a cheia de graça
Ela tinha sido prometida em casamento a José. É visitada pelo alto. O
mensageiro a designa de cheia de graça, de plenitude de todos os bens, de mulher
transparente,aquela que geraria o puro. Saudada pelo anjo como cheia de
graça, ela experimenta confusão. Depois de certo tempo, tempo de hesitação,
dá o assentimento e começa a ser gerado em seu seio aquele que nos
faz novamente entrar nas terras do Paraíso. A cheia de graça nos gera o
autor da graça.
“Em lugar do fruto amargo colhido por Eva na árvore mortal, Maria deu aos
homens um fruto de plena doçura. E eis que o mundo inteiro se delicia pelo
fruto de Maria. A árvore da vida, oculta no meio do paraíso brotou em Maria e
estendeu a sua sombra sobre o universo, e derramou seus frutos, tanto sobre os
povos mais longínquos como sobre os mais próximos. Maria teceu um vestido de
glória e o deu a nosso primeiro pai. Ele havia ocultado a sua nudez entre as
árvores, mas agora é ungido de pudor, de virtude e de beleza. Ao que sua esposa
havia derrubado, sua Filha lhe ergue; sustentado por ela levanta-se como
um herói. Eva e a serpente haviam preparado uma cilada, e Adão nela havia
caído; Maria e seu Filho régio se inclinaram e lhe reergueram do abismo.
A vide virginal deu um cacho, cujo suave jugo devolve a alegria aos aflitos.
Eva e Adão em sua angústia devastaram o vinho da vida, e encontraram completo
consolo” (Santo Efrem).
Frei Almir
Ribeiro Guimarães, OFM
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