SANTA CLARA DE ASSIS: LUZ DO CARISMA FRANCISCANO!
Santa Clara modelo de verdadeira vocacionada do Cristo |
“Podemos dizer que sem Clara a experiência de Francisco é incompleta; ela é um testemunho excepcional da herança do ideal evangélico que nasce em Assis e incendeia o mundo há 800 anos. Ela é a versão feminina do ideal franciscano” (Frei Vitório Mazzuco Filho, OFM).
Clara, a luminosa, a mulher de São Damião, a amiga incondicional de São Francisco, a plantinha do Seráfico Pai, a filha de dona Ortolana, a irmã das irmãs de São Damião. Passou ela a vida toda nos exíguos espaços daquela igrejinha, realizando com ternura tarefas e coisas extremamente simples: acolher as irmãs, não deixar que passassem frio, dormir em austero leito, conversar com o Amado, viver sempre com o Amado , em todos os momentos, mulher extremamente carinhosa com o Pai Francisco, sofreu e exultou quando soube que ele tinha nas mãos, nos pés e no coração as chagas do Amor que não é amado, mulher que conservou no coração as lembranças dos frades, mulher terna e mansa, mas também vigorosa e forte, quase que exigindo do Papa o privilégio da pobreza, mulher corajosa, doente anos a fio mas sempre serena e pacífica. (Frei Almir, OMF)
“Clara foi a ÁRVORE destacada e eminente, de ampla ramagem, que deu o doce fruto da religião no campo da Igreja, e em cuja sombra agradável e gostosa acorreram e acorrem de toda a parte muitas discípulas de fé para saborear um fruto tão especial”.
“Clara foi o VEIO LÍMPIDO do vale de Espoleto, que proporcionou uma nova fonte de água de vida para refazer e ajudar as almas. E se espalhou em ribeiros diversos no território da Igreja, regando o plantio da religião”.
“Clara foi um elevado CANDELABRO da santidade, brilhando com força no tabernáculo do Senhor, e para seu enorme esplendor correram e correm tantas, querendo em sua luz acender suas lâmpadas”.
Depois de apresentar Clara de Assis nas três imagens simbólicas, a Bula de Canonização conclui este parágrafo, afirmando: “É certo que ela plantou e cultivou no campo da fé a vinha da pobreza, da qual se colhem frutos de salvação, abundantes e ricos. Ela fez no terreno da Igreja o jardim da humildade, formada pela falta de muitas coisas, em que se colhe uma grande variedade de virtudes. Ela edificou nas terras da religião a fortaleza da abstinência estrita, em que se serve a refeição abundante dos pratos espirituais”.
Este empenho pessoal de Clara em plantar, cultivar e edificar moveu-se, sem dúvida alguma, pela forma corajosa com que trocou os valores do século quando encontrou no ‘campo da fé a vinha da pobreza’, valor supremo e privilégio de que ela jamais abriu mão.
Foi assim que as ‘discípulas de fé’, animadas pelo testemunho da mãe-Clara, ‘preclara nos seus claros méritos’, no cultivo diário do exercício penitencial de se colocarem diariamente diante do Espelho, enfeitando-se todas com as flores e roupas das virtudes todas, e contemplando particularmente o esplendor da santa pobreza, da santa humildade e da inefável caridade, ‘plantaram e cultivaram no campo da fé a vinha da pobreza’.
Neste Ano da Fé, nós todos, Franciscanos e Franciscanas, somos convidados e provocados a revigorar a condição primeira que Francisco e Clara de Assis nos propuseram, antes de abraçarmos esta Forma de Vida: “sejam examinados na fé católica”. E assim, na proclamação diária da nossa fé, e “firmes na fé católica, observemos sempre a santa pobreza e a humildade de nosso Senhor Jesus Cristo e de sua Mãe Santíssima”. A fé no “Filho de Deus que fez-se para nós o Caminho” (Test. 5) nos conduz à essência de toda contemplação: a busca do “Reino de Deus e a sua justiça” (Reg. Eremitérios).
Nesse sentido, faça-se as palavras do Papa Francisco, pronunciadas no início da homilia, no dia 27 de julho, na Catedral do Rio de Janeiro:
“Creio que é importante reavivar em nós esta realidade que, frequentemente, damos por descontada em meio a tantas atividades do dia a dia: “Não fostes vós que me escolhestes, mas eu que vos escolhi”, diz-nos Jesus. Significa retornar à fonte da nossa chamada. No início de nosso caminho vocacional, há uma eleição divina. Temos que nos lembrar sempre deste primeiro chamado. Fomos chamados por Deus, e chamados para permanecer com Jesus, unidos a Ele de um modo tão profundo que nos permite dizer com São Paulo: “Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim”. Este viver em Cristo configura realmente tudo aquilo que somos e fazemos. E esta vida em Cristo é justamente o que garante a nossa eficácia apostólica, a fecundidade do nosso serviço: “Eu vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça”. Não é a criatividade pastoral, não são as reuniões ou planejamentos que garantem os frutos, isso ajuda e muito, mas temos que ser fiéis a Jesus, que nos diz com insistência: “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós”. E nós sabemos bem o que isso significa: Contemplá-lo, adorá-lo e abraçá-lo, particularmente através da nossa fidelidade à vida de oração, do nosso encontro diário com Ele presente na Eucaristia e no abraço às pessoas mais necessitadas. O “permanecer” com Cristo não é se isolar, mas é um permanecer para ir ao encontro dos demais. Vem-me à cabeça umas palavras da Bem-aventurada Madre Teresa de Calcutá: Devemos estar muito orgulhosos da nossa vocação, que nos dá a oportunidade de servir a Cristo nos pobres”.
Desejamos a todos votos de boas festas na solenidade de Santa Clara de Assis, e não esqueçamos de intensificar nossas orações pelas nossas irmãs Clarissas, em seus diversos Conventos do mundo. Para que a vida de Clara seja sempre lembrada em vossos corações. Para que o rosto do Cristo Crucificado seja sempre ponto de reflexo em suas vidas. Rezemos pela renovação das vocações clarianas todos os dias.
PAZ E BEM!
Com trechos de Frei Fidêncio Vanboemmel, OFM; Frei Almir OFM e Frei Vitório Mazzuco Filho, OFM)
“Clara foi a ÁRVORE destacada e eminente, de ampla ramagem, que deu o doce fruto da religião no campo da Igreja, e em cuja sombra agradável e gostosa acorreram e acorrem de toda a parte muitas discípulas de fé para saborear um fruto tão especial”.
“Clara foi o VEIO LÍMPIDO do vale de Espoleto, que proporcionou uma nova fonte de água de vida para refazer e ajudar as almas. E se espalhou em ribeiros diversos no território da Igreja, regando o plantio da religião”.
“Clara foi um elevado CANDELABRO da santidade, brilhando com força no tabernáculo do Senhor, e para seu enorme esplendor correram e correm tantas, querendo em sua luz acender suas lâmpadas”.
Depois de apresentar Clara de Assis nas três imagens simbólicas, a Bula de Canonização conclui este parágrafo, afirmando: “É certo que ela plantou e cultivou no campo da fé a vinha da pobreza, da qual se colhem frutos de salvação, abundantes e ricos. Ela fez no terreno da Igreja o jardim da humildade, formada pela falta de muitas coisas, em que se colhe uma grande variedade de virtudes. Ela edificou nas terras da religião a fortaleza da abstinência estrita, em que se serve a refeição abundante dos pratos espirituais”.
Este empenho pessoal de Clara em plantar, cultivar e edificar moveu-se, sem dúvida alguma, pela forma corajosa com que trocou os valores do século quando encontrou no ‘campo da fé a vinha da pobreza’, valor supremo e privilégio de que ela jamais abriu mão.
Foi assim que as ‘discípulas de fé’, animadas pelo testemunho da mãe-Clara, ‘preclara nos seus claros méritos’, no cultivo diário do exercício penitencial de se colocarem diariamente diante do Espelho, enfeitando-se todas com as flores e roupas das virtudes todas, e contemplando particularmente o esplendor da santa pobreza, da santa humildade e da inefável caridade, ‘plantaram e cultivaram no campo da fé a vinha da pobreza’.
Neste Ano da Fé, nós todos, Franciscanos e Franciscanas, somos convidados e provocados a revigorar a condição primeira que Francisco e Clara de Assis nos propuseram, antes de abraçarmos esta Forma de Vida: “sejam examinados na fé católica”. E assim, na proclamação diária da nossa fé, e “firmes na fé católica, observemos sempre a santa pobreza e a humildade de nosso Senhor Jesus Cristo e de sua Mãe Santíssima”. A fé no “Filho de Deus que fez-se para nós o Caminho” (Test. 5) nos conduz à essência de toda contemplação: a busca do “Reino de Deus e a sua justiça” (Reg. Eremitérios).
Nesse sentido, faça-se as palavras do Papa Francisco, pronunciadas no início da homilia, no dia 27 de julho, na Catedral do Rio de Janeiro:
“Creio que é importante reavivar em nós esta realidade que, frequentemente, damos por descontada em meio a tantas atividades do dia a dia: “Não fostes vós que me escolhestes, mas eu que vos escolhi”, diz-nos Jesus. Significa retornar à fonte da nossa chamada. No início de nosso caminho vocacional, há uma eleição divina. Temos que nos lembrar sempre deste primeiro chamado. Fomos chamados por Deus, e chamados para permanecer com Jesus, unidos a Ele de um modo tão profundo que nos permite dizer com São Paulo: “Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim”. Este viver em Cristo configura realmente tudo aquilo que somos e fazemos. E esta vida em Cristo é justamente o que garante a nossa eficácia apostólica, a fecundidade do nosso serviço: “Eu vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça”. Não é a criatividade pastoral, não são as reuniões ou planejamentos que garantem os frutos, isso ajuda e muito, mas temos que ser fiéis a Jesus, que nos diz com insistência: “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós”. E nós sabemos bem o que isso significa: Contemplá-lo, adorá-lo e abraçá-lo, particularmente através da nossa fidelidade à vida de oração, do nosso encontro diário com Ele presente na Eucaristia e no abraço às pessoas mais necessitadas. O “permanecer” com Cristo não é se isolar, mas é um permanecer para ir ao encontro dos demais. Vem-me à cabeça umas palavras da Bem-aventurada Madre Teresa de Calcutá: Devemos estar muito orgulhosos da nossa vocação, que nos dá a oportunidade de servir a Cristo nos pobres”.
Desejamos a todos votos de boas festas na solenidade de Santa Clara de Assis, e não esqueçamos de intensificar nossas orações pelas nossas irmãs Clarissas, em seus diversos Conventos do mundo. Para que a vida de Clara seja sempre lembrada em vossos corações. Para que o rosto do Cristo Crucificado seja sempre ponto de reflexo em suas vidas. Rezemos pela renovação das vocações clarianas todos os dias.
PAZ E BEM!
Com trechos de Frei Fidêncio Vanboemmel, OFM; Frei Almir OFM e Frei Vitório Mazzuco Filho, OFM)
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