Quinta-feira Santa - Reflexão
Esta
é a noite da nova aliança com o povo de Deus. A ceia na qual Jesus entrega seu
corpo e sangue e pede que o façamos o mesmo. A
entrega de Jesus foi intensa e verdadeira, foi feita com um amor que nunca se
viu igual, inexplicável, inigualável e Divino. Mas mesmo sendo feita com tanto
amor não escapou do sofrimento e das tentações, não escapou do abandono, nem
dos julgamentos errôneos. Mas
“Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (João 13.1).
A
tradicional ceia
dos judeus é realizada por Jesus junto com
seus discípulos, mas nesta ceia o cordeiro é o próprio Cristo que se entrega
para que todos experimentem
e conheçam o amor
incondicional de Deus para
com a humanidade. E
Jesus pede: “Façam
isto em memória de mim”, pois, sendo alimentados
por este amor, alimentemos
nossos irmãos,
afim de que todos participem do banquete da vida eterna. Conforme
o pedido de Cristo, sejamos nós também cordeiros de Deus, doando nossas vidas,
nosso sangue, nossa coragem e todos os nossos
dons a serviço da humanidade e
da criação, para que o Reino dos Céus aconteça aqui.
Após
a Ceia "Ele
pegou uma toalha e cingiu-se com ela. Depois colocou água numa bacia, e começou
a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido"(Jo 13,
4-5). Os discípulos resistem. Pedro reage fortemente. Ele expressa o que
provavelmente está no coração de cada um dos discípulos. A mesma resistência
que talvez esteja em cada um de nós. O
que diríamos nós se Jesus, Nosso Senhor, aparecesse diante de nós e começasse a
lavar nossa roupa ou limpar nossa casa? Não ficaríamos acanhados e chocados?
Nós certamente diríamos a Jesus para sentar na sala de estar e serviríamos tudo
que Ele desejasse. Ele chegou junto a Pedro e este disse "Senhor,
vais lavar os meus pés? E
Jesus respondeu: "Tu não sabes o que estou fazendo, depois irás
compreender." Pedro então respondeu: "Jamais lavarás os meus pés."
Jesus respondeu "se eu não os lavar não terás parte comigo" (Jo 13,6-9).
Apesar
de ter uma atitude humilde e submissa diante de Pedro, Jesus mantém sua
autoridade. Ele fala seriamente "se eu não lavar os teus pés não terás
parte comigo". Estas são palavras fortes que em uma linguagem simples
significam: "se eu não posso lavar teus pés não serás mais
meu amigo, meu discípulo. Não poderás entrar no meu reino e receber a minha
herança. Tudo entre nós está terminado, podes ir embora." Ter os pés
lavados por Jesus não é uma opção, é uma condição essencial para ser seu amigo,
entrar no seu reino de amor.
Talvez
isto tenha feito Pedro lembrar-se das palavras de Jesus ao chamá-lo de Pedro, e
ao chamá-lo de Satanás, depois que se lamenta ao ouvir de Jesus o anúncio do
seu sofrimento e morte (Jesus, voltando-se para Pedro, disse: "Retira-te
de mim, satanás; tu serves-me de escândalo, porque não tens a sabedoria das
coisas de Deus, mas das coisas dos homens". Mt 16,23).
Palavras duras! Porque Jesus falou tão fortemente? Esta dureza esconde uma
urgência e grande vulnerabilidade. Jesus está vulnerável.
Aceitar o caminho da dor e do sofrimento, dar a própria vida, aceitar com humildade, como um escravo, sem direitos, ficar no último lugar: tudo isto vai contra o desejo normal do coração humano. Nosso desejo é ser alguém, mostrar quem somos através de nossas origens, qualidades, capacidades e direitos básicos. Estar disposto a renunciar a tudo isto não é fácil para Jesus, pois Ele permanece humano, como todos nós, exceto em uma coisa, o pecado. Este é o caminho que nós como franciscanos devemos seguir, se colocar inteiramente à disposição do outro para servi-lo sem pedir algo em troca, fazer como São Francisco, se entregar do jeito que ele fez, se dispondo até de suas roupas para viver o evangelho. São exemplos que devem ser seguidos!
Aceitar o caminho da dor e do sofrimento, dar a própria vida, aceitar com humildade, como um escravo, sem direitos, ficar no último lugar: tudo isto vai contra o desejo normal do coração humano. Nosso desejo é ser alguém, mostrar quem somos através de nossas origens, qualidades, capacidades e direitos básicos. Estar disposto a renunciar a tudo isto não é fácil para Jesus, pois Ele permanece humano, como todos nós, exceto em uma coisa, o pecado. Este é o caminho que nós como franciscanos devemos seguir, se colocar inteiramente à disposição do outro para servi-lo sem pedir algo em troca, fazer como São Francisco, se entregar do jeito que ele fez, se dispondo até de suas roupas para viver o evangelho. São exemplos que devem ser seguidos!
Fraternalmente,
Maricélia Moraes
Ribeiro
Secretária Regional -
Oeste
Alessandra
Subsecretária Regional
de Ação Evangelizadora - Oeste
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