‘É PAPEL DA IGREJA DISCUTIR O ESTADO SIM’, DIZ DOM GUILHERME NA ABERTURA DA 5ª SSB



Unidos em um momento de canto e partilha, representantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pastorais e movimentos sociais de todo o Brasil deram início na tarde desta segunda-feira (02) à 5ª Semana Social Brasileira (SSB), no Centro Cultural de Brasília, Distrito Federal, sob o tema “Estado para quê e para quem”.

Na cerimônia de abertura, o presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno disse que com esse evento não “queremos anular o Estado, mas é preciso reformular o atual modelo de Estado que temos” a partir das demandas, questionamentos e necessidades populares e, assim, poder trazer benefícios à toda a população.

“É papel da Igreja discutir o Estado?”, questionou dom Guilherme Werlang, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB. “É missão, sim, da Igreja abraçar essa discussão, pois envolve o homem e a mulher e tudo o que diz respeito ao ser humano e à vida, diz respeito à Igreja. O Estado, na sua essência, diz respeito à Igreja. As Igrejas não existem para si mesmas, a Igreja existe para servir ao povo, ao mundo”, ressaltou, comentando que é obrigação de todo cristão/ã se envolver nessas discussões e que é preciso coragem para isso, já que o diálogo “com o Estado que temos” não tem sido fácil.

“Somos enviados para ser boa notícia e denunciar o que não está bom, por isso a necessidade de discutir o Estado com a sociedade civil e movimentos sociais. É missão da CNBB discutir com a sociedade e propor caminhos que gerem a vida. Nem sempre esse diálogo tem sido fácil, porque o diálogo não vai com verdades fechadas, é preciso ouvir e ser ouvido”, enfatizou.

Para secretaria geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), pastora Romi Bencke, este tema “é muito provocativo” e necessário de ser discutido, já que muitos direitos são negados à população. “O debate acontece em um momento oportuno no país, pois estamos num momento histórico de debate sobre Reforma Política. Vivemos um contexto de retrocesso e fragilização dos direitos. Dentro de tudo isso é que a Semana Social se realiza. Neste contexto complexo e provocativo queremos, como Conic, afirmar nosso compromisso”, pontuou.

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Por Tatiana Félix, Jornalista da Adital

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