Por justiça social e ambiental, movimentos se organizam e fazem a diferença com a Cúpula dos Povos

Em paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), teve início no dia 15/06 a Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental. O evento acontece no Aterro do Flamengo, também no Rio de Janeiro, com a presença de ativistas de meio ambiente, de direitos humanos, jovens, entre outros atores sociais. A Cúpula quer mostrar a força dos movimentos populares e chamar atenção para a necessidade de construção de uma nova forma de se viver no planeta.
A intenção é que este momento não seja apenas um encontro para debates e troca de experiências. Segundo Sandra Quintela, do Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul (Pacs), a Cúpula dos Povos é um passo adiante no Fórum Social Mundial, outro momento importante de confluência dos movimentos sociais de todo o mundo.
“Vamos ter várias plenárias, debates, várias marchas e manifestações. Vai ser diferente de um Fórum Social Mundial porque vamos ter espaços unificados como a Assembleia Permanente dos Povos para a qual estamos esperando cerca de dez mil pessoas. Também vamos trabalhar as lutas regionais do Rio de Janeiro”, explica.
Sandra acrescenta que a Cúpula tem um caráter de convergência e um exemplo disso é o acampamento que está montado para receber jovens, adultos, mulheres, quilombolas, indígenas e diversos ativistas sociais num encontro multicultural.
Durante os nove dias de Cúpula, especificamente durante a Assembleia Permanente dos Povos será construído, a várias mãos, o documento final do encontro. Os três eixos principais que serão debatidos e devem constar no documento são: denúncia das causas estruturais das crises, das falsas soluções e das novas formas de reprodução do capital; soluções e novos paradigmas dos povos e estimulo a organizações e movimentos sociais a articular processos de luta anticapitalista pós-Rio+20.
Ao final da Cúpula, Sandra esclarece que será papel dos movimentos sociais fazer as cobranças aos chefes de Estado e Governo. “A Cúpula dos Povos é um evento para fortalecer os setores sociais, então cobrar das autoridades que cumpram com seus compromissos será um dever dos próprios movimentos sociais”, diz.
Programação
Os nove dias de Cúpula dos Povos contarão com uma vasta programação. Em paralelo, acontecerão atividades autogestionadas, ações nas Tendas de Futuro, feiras, palestras, debates, programação cultural e manifestações. Apenas quando tiver a Assembleia Permanente dos Povos é que as demais atividades vão parar a fim de que todas as atenções sejam concentradas neste momento.
Para conhecer a programação completa da Cúpula e obter mais informações sobre o evento, acesse: www.cupuladospovos.org.br
Por Natasha Pitts, jornalista da Adital.

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